Os familiares de Joaquina Oliveira querem consequências. No funeral da idosa, de 84 anos, o caixão teve de ser forçado para entrar na sepultura – foi quase na vertical -, no cemitério de Riachos, concelho de Torres Novas, porque a cova estava mal aberta.
“Puseram-na na direção do covato e chegaram à conclusão que não entrava”, recorda ao CMFrancisco Pimpão, viúvo de Joaquina. “Cava daqui, cava dali, e quando fazem a segunda tentativa, chegam à conclusão que não entra. Inclinaram-no, só que só entrou talvez metade do caixão. Ficou quase na vertical. Ela não deve ter ido deitada, mas sim sentada”, lamenta o homem que esteve casado 65 anos com Joaquina. A sua filha abandonou a cerimónia a meio, chocada com a forma como o corpo da mãe era tratado.
“O que se passou foi a cova estar mais curta”, disse ao CM António Jorge, presidente da Junta de Freguesia de Riachos, “mas isso não era motivo para fazer um espetáculo com a defunta. Só havia uma coisa a fazer, que foi o que disse ao funcionário da agência [funerária]: ligar ao coveiro para tirar o que está a mais [de terra]”, afirmou.